terça-feira, 22 de junho de 2010

algumas considerações 6

Estamos nos aproximando do período eleitoral. Já não há mais em mim aquela euforia de alguns anos atrás. Antes eu era ativa, participante, empenhada, confiante na real possibilidade de que as coisas pudessem mudar. Não sou radical ao ponto de dizer que nada mudou. Mudou, sim, mas de uma maneira muito lenta, quase imperseptível. Eu gostaria de poder escrever que o país, o "nosso" país mudou a olhos vistos, que a miséria não mais existe, que as nossas crianças estão sendo respeitadas nos seus direitos, que a educação finalmente passou a ser prioridade no nosso país, que a saúde pública está sendo encarada como coisa séria, que os nossos velhos estão sendo cuidados e tendo seus direitos respeitados. Ufa! Não dá pra enumerar nem relacionar tantas falhas! Outro dia quase tive uma síncope quando ouví pelo rádio o depoimento de um entrevistado pelo programa de uma rádio local, que "A greve dos transportes coletivos causava um certo desconforto aos usuários do transporte público". FALA SÉRIO, MEU IRMÃO !! Que "desconforto" coisa nenhuma ! O que ela causa, na realidade é angústia, é medo, é desespero nas pessoas que não teem como chegar aos seus locais de trabalho na hora certa. É o medo de serem dispensadas, de ficarem DESEMPREGADAS !! Aposto que "esse cara" não é usuário de transporte coletivo!! Ninguém, em sã consciência, pode afirmar que uma greve de transporte público não causa danos , muitos deles irreparáveis,na vida de seus usuários. ACORDA, PREFEITA, dê o ar da sua graça, diga a que veio!! Respeite seus eleitores, as pessoas que confiaram na sua administração, no seu bom senso, na sua sensibilidade feminina ! EU PROTESTO!!!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

algumas considerações 5

Estava pensando na importância que a religião tem na vida de algumas pessoas, do meu marido, principalmente. Eu o admiro muito por isso, pela sua religiosidade sempre tão presente no seu dia a dia. Nunca fui uma pessoa religiosa. Devo confessar que sempre tive medo de me envolver demasiadamente com alguma entidade ou congregação religiosa. Minha irmã Zuleuza se associou a uma determinada religião que se dizia "verdadeira", e acabou por perder por completo a noção da realidade. Lembro dos absurdos que ela dizia , das noites em claro que ela passava, lendo, chorando,inconformada com os relatos tristes que os livros contavam. Talvez eu esteja errada, mas a verdade é que eu desconfío muito de pessoas que vivem sob penitência e gejuando. Não me inspiram confiança, é isso. Conheço algumas extremamente dedicadas à igreja mas capazes de atitudes surpreendentes. É a tal máscara, a máscara que vez ou outra faz-se perceber até e principalmente pelos pequenos e aparentes insignificantes gestos. Insignificantes e reveladores. Procuro me manter à margem de tanta divisão, embora admire muitíssimo a religião da qual o meu marido faz parte. Conheço o extenuante trabalho que realizam na evangelização de pessoas e o quanto é difícil o trabalho de casa em casa. Defendo a ideia de que Deus julgará as pessoas individualmente, e isso não tem nada a ver com a escollha de religião. Se Ele conhece a cada um de nós, não importando a qual religião pertencemos, provavelmente a conduta individual é que realmente definirá quem merece e quem não merece a vida eterna Torno a dizer: Tenho medo dessas pregações chamativas, ensurdecedoras, que confundem as pessoas, que transformam a fé num "negócio" lucrativo, que subornam e enganam, incutindo nas pessoas a esperança de vida eterna. Será que Deus concordaria com essa estranha maneira de exercer a religiosidade? Ainda esta semana ouví pelo radio a notícia de que cresce a cada dia o número de pessoas sem religião definida. Será uma resposta a toda essa "mentira" que estão pregando por aí? Será que as pessoas estão se desepcionandoe portanto, "escolhendo" não participarem dessa farsa terrível? Acho que é justamente isso que está acontecendo. Preciso pensar mais sobre o assunto...